quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Matriz energética no mundo e no Brasil



No mundo atual, o crescimento econômico é intensivo em energia. Desde o advento da Revolução Industrial até a década de 70, os combustíveis fósseis dominaram a matriz energética mundial, descontada a participação marginal das hidroelétricas e da energia nuclear. 


Na primeira revolução industrial o carvão foi o modo de obtenção de energia mais utilizado, e era utilizado para tudo. Desde ai, começa-se a exploração e o uso desenfreado de combustíveis fósseis; e assim continuamos até hoje. Com a chegada da segunda revolução industrial, o carvão mineral deixa de ser o protagonista da historia e dá lugar ao petróleo e também ao gás natural, este com menos utilização que o primeiro. Esta foi a primeira mudança na matriz energética a nível mundial.

O petróleo tem muitas vantagens sobre o carvão, entre elas se pode citar a quantidade de coisas que podem ser feitas a partir do petróleo, alem da maior facilidade de transporte e extração. Ele foi e continua sendo intensamente utilizado desde então. Mas na década de 1970, mais precisamente no ano de 1973, houve a primeira crise petrolífera.
A crise do petróleo aconteceu em cinco fases, todas depois da Segunda Guerra Mundial provocada pelo embargo dos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e Golfo Pérsico de distribuição de petróleo para os Estados Unidos e países da Europa.
Esta crise foi desencadeada num contexto de déficit de oferta, com o início do processo de nacionalizações e de uma série de conflitos envolvendo os produtores árabes da OPEP, como a guerra dos Seis Dias (1967), a guerra do Yom Kipur (1973), a revolução islâmica no Irã (1979) e a guerra Irã-Iraque (a partir de 1980). Os preços do barril de petróleo atingiram valores altíssimos, chegando a aumentar até 400% em cinco meses (17 de outubro de 1973 – 18 de março de 1974), o que provocou prolongada recessão nosEstados Unidos e na Europa e desestabilizou a economia mundial.
Como já dito anteriormente, a crise aconteceu em 5 fases, sao elas:
primeira fase ocorreu em 1956 depois que o presidente do Egito na época Gamal Nassernacionalizou o Canal de Suez até então propriedade de uma empresa Anglo-Francesa. O canal é uma importante passagem para exportação de produtos da região para países ocidentais, pelo que em virtude dessa crise, o abastecimento foi interrompido, com o bloqueio do Canal, levando a um aumento súbito do preço do petróleo.
segunda fase aconteceu em 1973 em protesto pelo apoio prestado pelos Estados Unidos a Israel durante a Guerra do Yom Kippur, tendo os países árabes organizados na OPEP aumentado o preço do petróleo em mais de 300%.
terceira fase, ocorreu durante a crise política no Irã e a consequente deposição de  Reza Pahlevio que desorganizou todo o setor de produção no Irã, onde os preços aumentaram em mais de 1000%. Na sequência da Revolução iraniana, travou-se a Guerra Irã-Iraque, na qual foram mortos mais de um milhão de soldados de ambos os países, tendo o preço disparado em face da súbita diminuição da produção de dois dos principais produtores mundiais.
quarta fase foi a Guerra do Golfo em 1991, depois que o Iraque governado por Saddam Hussein ter invadido o país vizinho Kuwait, um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Com a invasão das forças militares dos EUA e dos países aliados, os iraquianos foram expulsos do Kuwait. Contudo incendiaram alguns poços de petróleo do emirado provocando uma crise econômica e ecológica.
quinta fase deu-se no ano de 2008 quando os preços subiram mais de 100% entre Janeiro e Julho, em virtude de movimentos especulativos em nível global.
As consequências da crise petrolífera foram fortíssimas e despertaram a atenção do mundo para uma questão em que pouca gente tinha pensado: o que fazer quando o petróleo acabar? A partir dai, começou-se de forma intensa a busca por novas fontes de energia.
Atualmente no mundo se investe muito em novas foras de produção de energia, e novas formas de produção da mesma já estão sendo utilizadas e em alguns países já  são realidade.
Em países com baixo potencial hidrográfico, como ocorre em muitos países, a maior fonte de energia é obtida em geral, através do carvão mineral e em alguns casos através também da energia atômica, ambas fontes não renováveis e que , no caso da energia atômica, muito perigosa.
O mundo hoje ainda está muito preso a sua forma de produção de energia que é baseada principalmente em fontes não renováveis, fazendo com que se polua mais, (na maioria dos casos) e que reduza ainda mais estas fontes. Em comparação com o Brasil, que é um país rico em recursos naturais, o mundo ainda continua com uma forma de produção suja.

O Brasil possui a matriz energética mais renovável do mundo industrializado com 45,3% de sua produção proveniente de fontes como recursos hídricos, biomassa e etanol, além das energias eólica e solar. As usinas hidrelétricas são responsáveis pela geração de mais de 75% da eletricidade do País. Vale lembrar que a matriz energética mundial é composta por 13% de fontes renováveis no caso de Países industrializados, caindo para 6% entre as nações em desenvolvimento.
Os recursos públicos virão principalmente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), iniciativa federal lançada em 2007 para promover a aceleração da expansão econômica no País.
Para a área hidrelétrica estão previstos cerca de R$ 83 bilhões. Hoje, apenas um terço do potencial hidráulico nacional é utilizado. Usinas de grande porte a serem instaladas na região amazônica constituem a nova fronteira hidrelétrica nacional e irão interferir não apenas na dimensão do sistema de geração, mas também no perfil de distribuição de energia em todo o País, abrindo novas possibilidades de desenvolvimento regional e nacional.
O Brasil possui uma matriz de energia elétrica que conta com a participação de 77,1% da hidroeletricidade. Energia proveniente de 140 usinas em operação, com perspectiva de aumento do uso dessa fonte. Ao longo dos últimos 30 anos, o País evitou a emissão de cerca de 800 milhões de toneladas de CO2 equivalente por meio do uso de etanol como substituto ou aditivo da gasolina.
A previsão do Plano Decenal de Energia é que o País terá 71 novas usinas até 2017, com potencial de geração de 29.000 MW, sendo 15 na bacia do Amazonas, 13 na bacia do Tocantins-Araguaia, 18 no rio Paraná e 8 no rio Uruguai. As 28 usinas hidrelétricas planejadas na região amazônica têm no seu conjunto, a capacidade instalada de 22.900 MW.
O Brasil usa energia hidrelétrica desde o final do século 19, mas as décadas de 1960 e 1970 marcaram a fase de maior investimento na construção de grandes usinas. Devido a essas opções feitas no passado, o País abriga hoje a maior hidrelétrica do mundo em geração de energia. Inaugurada em 1984 depois de um acordo binacional com o Paraguai, a Usina de Itaipu tem hoje potência instalada de 14 mil MW, com 20 unidades geradoras. Essa capacidade é suficiente para suprir cerca de 80% de toda a energia elétrica consumida no Paraguai e de 20% da demanda do sistema interligado brasileiro.
Já as usinas de Jirau e Santo Antônio – ainda em fase de construção, no Rio Madeira –, por exemplo, utilizam a tecnologia de turbinas bulbo, diminuindo o alagamento necessário e, consequentemente, efeitos negativos como o deslocamento de populações locais, a desapropriação de terras e o impacto ambiental. Para monitorar os impactos, o Brasil investe também no aperfeiçoamento das avaliações realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) antes da instalação de qualquer usina.
Outros R$ 23 bilhões devem ser aplicados na expansão da produção e oferta de biocombustíveis como etanol e biodiesel. O cenário internacional aponta o interesse de vários Países em conhecer e adotar o uso dos biocombustíveis em suas frotas – e, para atendê-los, o Brasil é capaz de fornecedor o produto, os serviços e o conhecimento.
O modelo energético brasileiro apresenta um forte potencial de expansão, o que resulta em uma série de oportunidades de investimento de longo prazo. A estimativa do Ministério de Minas e Energia para o período 2008-2017 indica aportes públicos e privados da ordem de R$ 352 bilhões para a ampliação do parque energético nacional.
O volume total de etanol produzido em 2008 alcançou a marca dos 27 bilhões de litros, com um aumento de 17,9% se comparado ao período anterior. As estimativas oficiais são de que este número irá crescer para 37 bilhões de litros em 2015.
O nosso pais vem investindo pesado nas novas matrizes energéticas e isso será, futuramente, uma grande fonte de renda.


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